No Brasil, grande parte da população idosa é acometida por esse quadro, cerca de 20% dos brasileiros. É de suma importância se atentar a esse cenário, uma vez que tais indivíduos apresentam taxas mais altas de:
- morte prematura;
- incapacidade funcional;
- perda muscular acelerada
- doenças coexistentes (hipertensão, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral)
quando comparados aos idosos não diabéticos.
Neste texto você ainda aprenderá mais sobre diabetes millitus tipo 2 no idoso.
- O que é
- Fatores de risco
- Hipoglicemia
- Tratamento da hipoglicemia
- 1 – Planejamento alimentar
- 2 – Atividade física
- 3 – Tratamento farmacológico
- Tratamento da hipoglicemia
O diabetes mellitus do tipo 2 no idoso é um quadro que tem como característica principal a hiperglicemia, devido a resistência à insulina e deficiência na secreção da mesma pelo pâncreas. Sua incidência ocorre principalmente após os 40 anos de idade, entretanto, a prevalência entre idosos aparenta crescimento gradual, em conformidade com aumento da expectativa de vida.
No Brasil, grande parte da população idosa é acometida por esse quadro, cerca de 20% dos brasileiros. É de suma importância se atentar a esse cenário, uma vez que tais indivíduos apresentam taxas mais altas de :
- morte prematura;
- incapacidade funcional;
- perda muscular acelerada
- doenças coexistentes (hipertensão, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral)
quando comparados aos idosos não diabéticos.
Fatores de risco
Nessa faixa etária, o risco de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 é alto, devido às seguintes condições:
- Influências genéticas;
- Estilo de vida;
- Envelhecimento.
Tais fatores proporcionam um ambiente propício para o desenvolvimento da doença, através do declínio na capacidade secretória de insulina pelas células β e na sensibilidade do tecido à insulina característicos do envelhecimento.
HIPOGLICEMIA
Deve-se sempre ter ressalvas na prevenção de hipoglicemia durante o manejo do diabetes mellitus tipo 2 na população idosa, particularmente as hipoglicemias graves que proporcionam risco aumentado de arritmias cardíacas, hipertensão arterial, bem como mortalidade cardiovascular. Visto que os idosos acometidos pela diabetes apresentam maior suscetibilidade à hipoglicemia.
Vale ressaltar, que essa parte da população naturalmente apresenta capacidade menor de glicogenólise, em caso de hipoglicemia, consequentemente nota-se maior dificuldade de recuperação dela e maior potencial para eventos hipoglicêmicos.
TRATAMENTO
De forma geral, o tratamento do diabetes na população idosa visa o controle dos fatores de risco e da hiperglicemia, visto que de forma crônica está associada a dano, disfunção e insuficiência de vários órgãos, principalmente olhos, rins, coração e vasos sanguíneos.
É de suma importância considerar os aspectos particulares da população geriátrica ao traçar estratégias e metas de tratamento.
são fatores que necessitam de maior atenção na avaliação da terapêutica aplicada:
- A expectativa de vida do paciente, as comorbidades presentes;
- A presença ou não de polifarmácia, a capacidade de autocuidado;
- O apoio social e a estrutura familiar;
- Custo das medicações antidiabéticas;
- Risco associado a uma eventual hipoglicemia.
Assim como a presença ou não de síndromes que comumente acometem a população nessa faixa etária, como sarcopenia, depressão, comprometimento cognitivo, polifarmácia, tendência a quedas, incontinência urinária.
TRATAMENTO DA HIPERGLICEMIA NOS IDOSOS
O controle da hiperglicemia é fundamental, visto que pode trazer consequências importantes. As modificações do estilo de vida é uma terapêutica extremamente eficiente e sempre associada ao tratamento medicamentoso, e ela pode ser feita através de implementação de dieta adequada e prática de exercício físico diariamente.
Planejamento alimentar
O planejamento alimentar para pacientes com diabetes se baseia em dietas saudáveis individualizadas com base em preferências e objetivos de tratamento. Segundo as diretrizes alimentares é recomendável um aumento na ingestão de fibras.
Além disso, é necessário se atentar às recomendações de ingestão de líquidos visando prevenção de constipação intestinal e impactação fecal em idosos.
A diretriz da Endocrine Society sugere o uso de dietas ricas em proteínas e energia em pacientes idosos acometidos com diabetes e fragilidade, visando prevenção da desnutrição e a perda de peso.
Atividade física
Em relação a atividade física, a prescrição são dependentes das condições gerais do paciente, como condicionamento físico, preferências, habilidades e limitações (osteoartrites, artrites, tremores, sequelas de AVC, DAC etc.).
Vale ressaltar, que a mudança de hábitos por idosos muitas vezes são subestimadas, o que precisa ser evitado.
Tratamento farmacológico
Quanto ao tratamento medicamentoso, as estratégias empregadas devem sempre ser ajustadas às necessidades individuais de cada paciente. Alguns fatores relacionados a certas classes de medicamentos são de suma importância para idosos com diabetes, principalmente aqueles com doença renal crônica e cardiopatias.
É de suma importância o acompanhamento do idoso diabetico com médico especialista. O qual irá traçar a melhor estratégia possível, dentro das limitações do paciente.